Inclusão
Projeto quer incentivar o primeiro emprego para jovens capixabas
Uma proposta que valoriza empresas que dão a primeira chance a jovens capixabas.
28/09/2025 02h13
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Deputado Lucas Polese avalia que a medida cria “ciclo virtuoso de geração de emprego” / Foto: Kamyla Passos

O primeiro emprego? Muita gente jovem, cheia de vontade de trabalhar, acaba esbarrando na famosa frase: “Você precisa ter experiência”. Mas como ter experiência se ninguém dá uma chance?

Pois é. Pensando nisso, o deputado Lucas Polese (PL) teve uma ideia que pode ajudar bastante quem está começando. Ele propôs um projeto de lei chamado Selo Empresa Amiga do Primeiro Emprego. O nome é simples, mas a proposta tem um impacto grande: incentivar empresas do Espírito Santo a contratar jovens de até 24 anos que nunca tiveram um emprego formal.

Funciona assim: se a empresa tiver pelo menos 5% do seu time formado por esses jovens — seja como estagiários, aprendizes ou contratados mesmo — ela pode receber esse selo. E não é só contratar e pronto. A empresa também precisa oferecer uma capacitação inicial, com pelo menos 8 horas de treinamento. Depois disso, tem que seguir com um plano de desenvolvimento, com mais treinamentos ao longo do tempo.

Ah, e tem mais. A cada seis meses, esses jovens passam por uma avaliação. Nada muito complicado, mas que leva em conta coisas como pontualidade, evolução técnica, iniciativa e trabalho em equipe. E claro, a empresa precisa ter um plano de carreira. Afinal, ninguém quer ficar estagnado, né?

Agora você pode estar se perguntando: “Tá, mas o que a empresa ganha com isso?” Boa pergunta. Além de ajudar a formar novos profissionais, ela pode usar o selo em campanhas publicitárias, embalagens e até em redes sociais. E tem um bônus: esse selo pode servir como critério de desempate em licitações públicas e dar pontos extras em programas de incentivo do governo estadual.

Ou seja, é uma forma de unir o útil ao necessário. A empresa ganha visibilidade e vantagens, e o jovem ganha uma chance real de começar sua vida profissional com o pé direito.

O projeto ainda vai passar pelas comissões de Justiça, Direitos Humanos e Finanças. Mas só de estar em pauta, já é um sinal de que tem gente pensando em soluções práticas pra um problema que afeta milhares de famílias.