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Polícia Intervenção nacional

Menina de 6 anos morta a tiros durante ataque de facções no ES voltava da praia com pai e mãe grávida

Criminosos armados atiraram porque acharam que carro da família era de traficantes rivais. Seis pessoas foram presas por envolvimento no crime, que aconteceu na Serra, na Grande Vitória.

25/08/2025 23h36
Por: Redação LNES
Menina de 6 anos morta a tiros durante ataque de facções no ES voltava da praia com pai e mãe grávida

A menina de 6 anos, morta a tiros após um ataque de facções criminosas na Serra, Grande Vitória, voltava da praia com os pais quando o carro onde estava atingido por diversos disparos, na tarde deste domingo (24). O pai e a mãe, que está grávida de 8 meses, foram atingidos de raspão, segundo informações da Polícia Militar. Seis suspeitos foram presos.

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O crime aconteceu por volta das 17h30. No carro atingido estava a menina, Alice Rodrigues, de 6 anos; o pai, Keique Rodrigues, um mecânico de 26 anos; e a mãe Leiza Rodrigues, de 25 anos. De acordo com a polícia, os criminosos confundiram o veículo da família com o de rivais e atacaram

O pai da menina foi atingido de raspão nas costas. Já a mãe, que está grávida de 8 meses, também foi atingida de raspão na cabeça. Os dois foram atendidos no mesmo hospital que a filha e foram liberados.

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A família é de Teixeira de Freitas, na Bahia, e morava no Espírito Santo há três anos. O vizinho, que também é dono do imóvel que a família aluga, contou que a menina era muito amada por todos na rua onde moram.

"São pessoas muito boas, demais mesmo. A menina era considerada filha da gente, era nosso xodó aqui da rua. Estavam vindo da praia, sem motivo nenhum, não teve defesa. O pai só saiu do carro gritando pelo amor de Deus, e os caras atirando. Ele (o pai) contou que o carro chegou, chocou atrás no carro dele e o caras já chegaram atirando. Ele saiu do carro desesperado", disse o pedreiro Joaquim Oliveira Guimarães.

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Um outro amigo da família, o técnico em rede João Marcos Tomasia Oliveira, afirmou que Alice era uma menina doce e meiga.

 Um outro amigo da família, o técnico em rede João Marcos Tomasia Oliveira, afirmou que Alice era uma menina doce e meiga.

"Não tinha maldade nenhuma. Não tem o que fazer, pedir justiça agora, não vai voltar mais. Uma criança que, praticamente, fazia parte da família de todo mundo aqui, mesmo sendo só amigo dos pais, a gente sente muito, porque a nossa vida não faz mais sentido, perder ela do jeito que foi não faz sentindo nenhum", afirmou.

 

O corpo de Alice foi liberado no Instituto Médico Legal (IML) de Vitória na manhã desta segunda-feira (25). Segundo um amigo da família, ela será velada e enterrada em Teixeira de Freitas, na Bahia, onde moram os familiares.

O crime

A família estava em um Pegeout cinza escuro, quando aconteceu o ataque dos criminosos, que estavam em um Fiat Argo branco.

Mesmo ferido, o pai dirigiu até o Hospital Municipal Materno Infantil (HMMI) da Serra para socorrer a menina, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.

Após o ataque, os criminosos fugiram em direção ao bairro Novo Horizonte e abandonaram o veículo no meio da rua principal. Nos vidros e na lataria, foi possível contar a marca de 12 tiros disparados de dentro do carro.

Dentro dele, os policiais encontraram cápsulas de bala e uma touca-ninja roxa. A perícia da Polícia Científica encontrou cápsulas de munição de vários calibres e uma granada de fabricação caseira.

A área foi isolada pela Polícia Militar, que chamou o Esquadrão Antibombas da Companhia de Operações Especiais. Moradores relataram a presença de um explosivo caseiro perto do carro abandonado pelos suspeitos.

Segundo o secretário de segurança, o carro da família, um veículo prata escuro, foi atingido várias vezes durante o ataque entre duas facções criminosas que atuam no município, o Primeiro Comando de Vitória (PCV) e Terceiro Comando Puro (TCP).

“Nós tivemos um ataque do PCV contra integrantes do TCP. Nós identificamos que tinha um olheiro, procurando um carro que seria usado por traficantes do TCP e o olheiro identificou errado o carro da família”, explicou o secretário.

ataque que matou a menina de seis anos foi o segundo do final de semana. "Esses ataques começaram no sábado. Tivemos um na Lagoa de Carapebus, seguido de um ataque em Balneário de Carapebus, e no domingo o PCV tentou atacar integrantes da outra facção e isso vitimou a inocente criança de seis anos", completou Damasceno.

Advogada está entre os detidos

Após operações na região, seis pessoas foram presas suspeitas de participação na morte da menina. A identidade de cada um deles ainda não foi divulgada pela polícia. Entre os detidos, estão: dois mandantes, a esposa de um deles, que é advogada, um dos atiradores, um olheiro, e uma pessoa responsável pela fuga.

Dois dias antes, morte em ataque com fuzil no mesmo bairro

Dois dias antes, na sexta-feira (22), outro ataque a tiros em Balneário Carapebus matou Dionata Firmino de Paula, de 28 anos, e deixou ferido um jovem de 20 anos.

Os atiradores, que estavam armados com pistolas e até fuzil, chegaram atirando próximo a um bar e atingiram as vítimas, que estavam na calçada.

Os criminosos chegaram em dois carros, por volta de 22h40, e já saíram atirando. Foram ouvidos mais de 40 disparos — que deixaram marcas também em postes e muros.

 
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