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Vila Pavão e outros cinco municípios do ES completam quase nove anos sem feminicídio

Além de Vila Pavão, outros municípios do interior têm muito o que comemorar com bons resultados no combate ao feminicídio, como no caso de Vargem Alta, São José do Calçado, João Neiva, Irupi e Marilândia.

Redação LNES
Por: Redação LNES
12/07/2025 às 18h33 Atualizada em 12/07/2025 às 19h14
Vila Pavão e outros cinco municípios do ES completam quase nove anos sem feminicídio

Resultado dos números no município do Norte do Espírito Santo é, para especialistas, reflexo da cultura e senso de comunidade

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Vila Pavão, na região Norte do Espírito Santo, está há exatos 3.211 dias sem registrar sequer um feminicídio. Isso significa que o crime não acontece na cidade há quase nove anos. As informações são do Mapa da Paz, do Observatório Estadual de Segurança Pública.

Além de Vila Pavão, outros municípios do interior têm muito o que comemorar com bons resultados no combate ao feminicídio, como no caso de Vargem Alta, São José do Calçado, João Neiva, Irupi e Marilândia.

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Estes cinco municípios estão há 2852 dias, 2721, 2560, 2528 e 2445 dias, respectivamente, sem registrar feminicídios.

De acordo com a subsecretária de Políticas para as Mulheres, Fabiana Malheiros, os bons resultados obtidos nas cidades são reflexos da própria cultura dos municípios, que registram menores taxas de crimes num geral.

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Isso tem papel determinante na queda de crimes violentos quando comparados às cidades da região metropolitana.

A gente acredita que, por serem municípios pequenos, isso enfatiza uma cultura de paz. Onde as pessoas se conhecem e vivem em um espírito de comunidade maior, o crime dificilmente acontece. Diferente de áreas mais urbanas onde existe um espírito maior de individualismo, em cidades menores você consegue criar esse senso comunitário. Uma cultura de paz se faz assim, nas comunidades e bairros“, disse.

Malheiros explica que, quando a Secretaria da Mulher foi criada, foram realizadas análises de quais municípios apresentavam o maior número de feminicídios no Estado.

Com este laudo em mãos, foi possível instalar “Centros Margaridas”, unidades de atendimento a mulheres vítimas de violência onde estes postos se mostravam mais necessários.

Isso levava em conta não apenas os municípios, mas também comunidades vulneráveis, como indígenas e quilombolas.

“Tínhamos esse laudo de feminicídio e violência doméstica, por conta disso, há Centros Margaridas em cidades como Linhares, Colatina, Cariacica, Anchieta, Alegre. Esses são centros de enfrentamento e acolhimento de mulheres em situação de violência, regionalizando principalmente para realidades mais desafiadoras, como mulheres do campo, comunidades indígenas e quilombolas. Onde havia maior número de homicídios de mulheres e feminicídios”, explicou.

Dentre os serviços prestados pela Secretaria nestes centros, há medidas de segurança pública, como punibilidade de ex-companheiros que desrespeitem medidas protetivas, além da própria instalação de delegacias da mulher em regiões mais afetadas.

Além dos números favoráveis no interior, a subsecretária também comemora dados históricos alcançados na Grande Vitória, região historicamente violenta.

Na Serra, maior cidade do Estado, já são mais de 170 dias sem registro de feminicídios, o que, para ela, é motivo de felicidade.

“Ficamos muito felizes de ver que na Serra estamos há 174 dias sem feminicídio. Em Vila Velha e Cariacica, os números também estão diminuindo. Isso demonstra um fortalecimento da rede de apoio, o que traz a participação do poder público, vemos isso como um grande êxito”, afirmou.

Medidas de enfrentamento ao feminicídio

A subsecretária explica que a violência contra a mulher é um problema cultural, o que dificulta prever como e onde este tipo de agressão pode ocorrer, o mesmo acontece com crimes relacionados a crianças e adolescentes.

Ela exemplifica que a Secretaria conta com ações educativas em centros de referência, escolas, comunidades. Essas ações não se limitam a palestras, mas contam com grupos e rodas de conversa que tratam sobre violência.

Algumas mulheres acham que, se denunciarem o marido, vão perder a guarda dos filhos, o que não é verdade. Fazemos esse mapeamento para ações educativas e temos parceiros, assim como a Defensoria Pública. Temos trabalhos com adolescentes, principalmente focados na educação, para replicar uma cultura de paz, igualdade entre homens e mulheres, onde há compreensão do papel da mulher no mundo, de que ela não pode e nem deve ser inferiorizada.

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